O diabetes mal controlado pode causar uma série de complicações graves para a saúde, especialmente quando se trata de problemas circulatórios.
Essas condições podem levar a situações sérias e limitantes, como a neuropatia diabética, que provoca a perda de sensibilidade nos pés e mãos, e a doença arterial periférica (DAP), que pode afetar a circulação nas extremidades e, em casos extremos, até levar à necessidade de amputações.
Além disso, o diabetes também pode impactar outras áreas do corpo, como a visão, os rins e o coração, aumentando os riscos de complicações ainda mais severas.
Portanto, entender como controlar o diabetes e prevenir esses danos circulatórios é essencial para garantir uma vida saudável e sem limitações. Continue a leitura!
Complicações circulatórias do diabetes
O diabetes descontrolado afeta os vasos sanguíneos provocando sua obstrução, podendo causar a redução da circulação em todas as artérias do corpo, em diferentes níveis, podendo levar, inclusive, ao bloqueio total de vasos maiores.
Conheça agora algumas complicações circulatórias mais comuns causadas pelo diabetes:
1. Neuropatia Diabética
A neuropatia diabética ocorre, em parte, pela redução da circulação sanguínea nos nervos, levando a danos na condução dos estímulos nervosos dos nervos periféricos.
Isso resulta em alterações de sensibilidade, dormência e, em casos mais graves, perda da percepção tátil nos pés.
2. Doença Arterial Periférica (DAP)
A DAP ocorre quando as artérias das pernas e dos pés ficam estreitadas ou bloqueadas devido ao acúmulo de placas de gordura (estimulada pelo diabetes descontrolado).
Isso pode causar dores ao caminhar, dificuldade para cicatrizar feridas e, em casos extremos, gangrena e amputação.
3. Pé Diabético
Popularmente conhecido por pé diabético, a condição que ocorre devido à combinação de neuropatia e DAP, além de alterações da estrutura óssea (Pé de Charcot).
Pequenos ferimentos podem evoluir para infecções severas e, sem tratamento adequado, levar à necessidade de amputação.
Alterações dos ossos e ligamentos dos pés podem ocorrer de forma permanente e também propiciar a ocorrência de ferimentos.
Leia: Diabetes – como prevenir feridas e amputações
4. Retinopatia Diabética
A obstrução dos vasos sanguíneos dos olhos é uma das principais causas de cegueira entre diabéticos.
5. Doença Renal Diabética
Os rins também podem ser afetados pelas complicações circulatórias do diabetes, levando à nefropatia diabética, que pode evoluir para falência renal e necessidade de hemodiálise.
Prevenção das complicações circulatórias do diabetes
A prevenção é a melhor forma de evitar as complicações circulatórias do diabetes. Algumas estratégias essenciais incluem:
1. Controle rigoroso dos níveis de açúcar
Manter os níveis de glicose no sangue nos limites recomendados ajuda a evitar danos aos vasos sanguíneos.
O monitoramento regular da glicemia e a adesão ao tratamento são fundamentais.
2. Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada, rica em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis, contribui para o controle do diabetes e a melhora da circulação.
Reduzir o consumo de açúcar e carboidratos é essencial.
3. Prática de exercícios físicos
Atividades físicas regulares, como caminhadas, musculação e hidroginástica, sob supervisão, ajudam a melhorar a circulação sanguínea.
4. Controle da pressão arterial e do colesterol
Pressão alta e colesterol ruim muito alto pioram os problemas circulatórios. Por isso, é fundamental mantê-los sob controle, seja por meio de mudanças no estilo de vida ou medicação, se necessário.
5. Cuidados com os pés
Diabéticos devem examinar os pés diariamente para identificar feridas ou infecções precocemente.
Usar calçados confortáveis e evitar andar descalço são medidas importantes para prevenir o pé diabético.
Conheça tratamentos modernos e minimamente invasivos
Nos últimos anos, os avanços na medicina vascular trouxeram opções de tratamento modernas e minimamente invasivas para melhorar a circulação em pacientes diabéticos.
A revascularização, ou seja, o restabelecimento da circulação é fundamental para permitir que o diabético mantenha sua independência e autonomia para realizar atividades do dia a dia e caminhar, além de manter a plenitude da sua imunidade e cicatrização de ferimentos.
Procedimentos minimamente invasivos, como a terapia endovascular, são os mais modernos para desobstruir as artérias bloqueadas, permitindo que o sangue volte a circular normalmente.
A angioplastia (cateterismo) é o método endovascular de escolha e o tratamento mais utilizado para desobstrução vascular.
Um pequeno balão é inserido na artéria afetada e inflado para dilatar o vaso. Em alguns casos, um stent (um tubo de malha metálica) é colocado para manter a artéria aberta e evitar novas obstruções.
A melhor abordagem para desobstrução de vasos sanguíneos em diabéticos depende da gravidade do caso.
A angioplastia é a primeira opção por ser minimamente invasiva e eficaz. Em casos mais graves, contudo, a revascularização cirúrgica(ponte de safena/ bypass) pode ser necessária para criar um novo caminho para o fluxo sanguíneo.
Infelizmente em casos mais graves uma amputação (remoção cirúrgica de tecidos desatualizados e que não cicatrizam) pode ser necessária
Existem ainda tratamentos coadjuvantes que auxiliam na cicatrização de feridas como ozônio, câmara hiperbárica e o uso de laser terapêutico, usados para estimular a microcirculação, reduzindo inflamações e acelerando a cicatrização de feridas diabéticas.
Com esses avanços na medicina vascular, é possível tratar complicações circulatórias do pé diabético de forma eficaz, reduzindo o risco de amputações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Leia: Diabetes e Saúde Vascular: Como essa condição afeta as artérias e veias
Cuide da sua saúde vascular!
A prevenção é o primeiro passo para evitar complicações graves relacionadas à diabetes e outras condições circulatórias.
Agende uma consulta com um especialista e comece a cuidar do seu sistema vascular hoje mesmo.
Não espere até que seja tarde demais – a saúde vascular é fundamental para o bem-estar geral!
