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Diabetes afeta circulação e pode levar a amputações

Diabetes afeta circulação e pode levar a amputações

A alarmante estatística de mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro de 2012 e maio de 2023, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), destaca a necessidade urgente de conscientização sobre os riscos associados ao diabetes e os problemas de circulação. 

Os dados também alertam para os cuidados necessários em particular com a síndrome do pé diabético. Nesse sentido, ela se destaca como uma das principais causas de amputações, afetando significativamente os pacientes com diabetes. 

Um pequeno descuido, como um pequeno ferimento nos pés ou mesmo uma micose entre os dedos, pode resultar em infecção e evoluir para casos graves de gangrena, aumentando consideravelmente o risco de amputação.

Isso porque o diabetes compromete a circulação sanguínea, estreitando as artérias e reduzindo a oxigenação e nutrição dos tecidos. Aliado ao problema circulatório, o diabetes também provoca deformações nos pés e alterações de sensibilidade, o que aumenta a probabilidade de ferimentos, potencializando sua evolução para complicações graves.

Além disso, estudos indicam que 85% das amputações relacionadas ao diabetes começam com lesões nos pés, muitas das quais poderiam ser prevenidas ou tratadas em fases iniciais. 

O desenvolvimento de neuropatia e/ou isquemia (má circulação) ao longo dos anos torna as pessoas com diabetes mais suscetíveis ao surgimento de feridas de difícil cicatrização (úlceras) e infecções nos pés. A perda de sensibilidade ao toque, temperatura e alteração de sensibilidade da neuropatia pode levar a uma falta de consciência sobre ferimentos nos pés, resultando em infecções avançadas e, em casos extremos, desbridamentos ou amputações.

Pé diabético: causador de até 70% das amputações não traumáticas em membros inferiores

O diagnóstico tardio da síndrome do pé diabético – uma das possíveis faces da Doença Arterial Periférica (DAP) – muitas vezes significa que os pacientes são encaminhados a especialistas apenas em estágios avançados da doença. 

Portadores de diabetes devem manter um controle rigoroso dos níveis de açúcar no sangue. Além disso, devem estar atentos aos sintomas, realizando autoexames diários para identificar precocemente qualquer sinal de alerta.

O Pé Diabético, uma complicação prevalente entre pacientes, destaca-se como a principal causa de 40 a 70% das amputações não traumáticas em membros inferiores na população geral. 

Caracterizado por alterações circulatórias e neurológicas nos pés, o Pé Diabético provoca o surgimento de úlceras e feridas, cuja cicatrização lenta é agravada pelo diabetes. Desse modo, torna-se uma porta de entrada para infecções recorrentes e, consequentemente, eleva significativamente as taxas de amputação. 

Os sintomas indicadores desse distúrbio são:

  • perda de sensibilidade;
  • dor exacerbada;
  • diminuição da força;
  • alteração da sudorese local;
  • queimação;
  • pontadas;
  • mudança da temperatura ou da cor do membro;
  • dor ao andar (claudicação).

 

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Outras complicações

Além da ameaça de amputação, o Pé Diabético pode acarretar complicações adicionais, como desvios ósseos, sendo comum a ocorrência de dedos em garra. 

Da mesma forma, outra manifestação é o desenvolvimento do Pé de Charcot, caracterizado pelo desabamento das estruturas ósseas no meio do pé, resultando na formação do denominado “pé em mata borrão”. 

Em ambos os casos, a formação de ulcerações nas áreas de maior pressão, conhecidas como mal perfurante plantar, pode levar ao surgimento de infecções, tornando-se assim uma das principais causas de internação e mortalidade entre pacientes diabéticos.

Nesse sentido, é importante ressaltar que as alterações metabólicas relacionadas ao diabetes manifestam-se ao longo dos anos. Ou seja, há maior risco de complicações em pacientes com controle insatisfatório e maior tempo de doença. 

Por isso, o atraso no diagnóstico, agravado durante o período de isolamento social, contribui para o aumento da gravidade da doença e reflete-se no incremento do número de amputações.

Diabetes e prevenção

A prevenção é fundamental, e a conscientização sobre práticas de autocuidado pode evitar muitas amputações. Medidas simples, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e controle da glicemia, contribuem significativamente para melhorar o sistema vascular. 

Além disso, o paciente com diabetes deve adotar mudanças de comportamento, como evitar andar descalço e utilizar calçados adequados para evitar ferimentos nos pés.

É fundamental que as pessoas com diabetes estejam cientes dos riscos, adotem práticas preventivas e realizem exames regulares para detectar precocemente quaisquer complicações nos pés. 

A prevenção do pé diabético não apenas reduz os riscos de amputações, mas também contribui para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar geral dos pacientes.

Agende uma consulta hoje e dê o primeiro passo em direção a cuidados de saúde de excelência. Sua saúde e o bem-estar de seus pés são prioridades, e o tempo desempenha um papel fundamental. 

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