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Diabetes - como prevenir feridas e amputações

Diabetes – como prevenir feridas e amputações

O diabetes é uma condição metabólica crônica caracterizada por níveis elevados de açúcar no sangue, resultantes de uma produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou da incapacidade do corpo de utilizar efetivamente a insulina produzida para metabolizar o açúcar. 

A insulina é um hormônio essencial para a regulação dos níveis de açúcar no sangue, facilitando, assim, a entrada de glicose nas células para ser usada como energia. Portanto, quando a regulação desse processo falha, ocorre o acúmulo de glicose na corrente sanguínea, levando a complicações de longo prazo.

Continue a leitura para compreender como o diabetes pode afetar a circulação, dificultando a cicatrização de feridas e elevando o risco de amputações.

Os tipo e as complicações do Diabetes

Existem dois principais tipos de diabetes:

  • Tipo 1: geralmente se desenvolve na infância ou adolescência e resulta na produção inadequada de insulina, exigindo injeções diárias desse hormônio. 
  • Tipo 2: mais comum em adultos, sendo caracterizado pela resistência à insulina ou produção insuficiente. Pode ser inicialmente manejada com comprimidos.

O diabetes pode ter impactos significativos na saúde geral, podendo levar a complicações como:

  • Doenças cardiovasculares;
  • Danos nos nervos;
  • Problemas renais e na visão;
  • E o risco aumentado de feridas crônicas nos pés.

Destacando, assim, a importância de um controle adequado e preventivo da doença.

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Diabetes e o risco de amputação

Os portadores de diabetes precisam ficar atentos aos cuidados específicos para evitar complicações sérias, como amputações. Inclusive, dados recentes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) revelam um aumento alarmante no número dessas intervenções, especialmente em pacientes diabéticos.

O diabetes, que afeta mais de 16 milhões de brasileiros, é uma condição que exige atenção redobrada com a saúde do sistema circulatório. Desse modo, o descuido com o controle do açúcar no sangue pode levar a complicações graves, como o pé diabético, uma das possíveis faces da Doença Arterial Periférica (DAP). Além disso, diabéticos podem desenvolver alterações na sensibilidade (neuropatia) dos pés, aumentando a chance de causar ferimentos.

Para evitar esse cenário, é importante manter uma abordagem proativa em relação à sua saúde. Dessa forma, o primeiro passo é garantir um controle eficaz da glicose no sangue, seguindo as orientações do seu médico. Além disso, adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, pode contribuir significativamente para o controle do diabetes.

Do mesmo modo, a conscientização sobre os sinais de alerta, como ferimentos nos pés, é fundamental. Assim, se notar qualquer alteração, por menor que seja, não hesite em procurar seu médico imediatamente, pois a detecção precoce de problemas nos pés pode evitar complicações mais graves.

Portanto, esteja atento também aos fatores de risco adicionais, como o tabagismo, hipertensão arterial e dislipidemia, pois esses elementos podem agravar as complicações vasculares associadas à diabetes.

Pé diabético: mantenha-se alerta com as feridas

O pé diabético representa uma complicação séria para pessoas com diabetes, sendo resultado de condições como neuropatia e/ou isquemia que se desenvolvem ao longo dos anos. Essas condições tornam os pacientes mais propensos a feridas de difícil cicatrização, conhecidas como úlceras, e a infecções. 

A neuropatia, em particular, leva à perda de sensibilidade ao toque, temperatura e dor, provocando um cenário em que o paciente muitas vezes não percebe quando fere o pé. Esse quadro pode evoluir para infecções graves, muitas vezes exigindo procedimentos como desbridamentos ou amputações. 

O diagnóstico tardio da síndrome do pé diabético é uma preocupação significativa, destacando a importância de autoexames diários e cuidados regulares para os portadores de diabetes.

É importante reconhecer que muitas amputações relacionadas ao pé diabético poderiam ser evitadas com práticas de auto-observação e intervenção precoce. Nesse sentido, pacientes bem-informados que realizam exames frequentes podem identificar os primeiros sintomas e buscar tratamento antes que a condição atinja estágios avançados. 

A prevenção do pé diabético envolve medidas simples, como:

  • Evitar calçados apertados;
  • Usar meias adequadas;
  • Cuidar das unhas com precaução;
  • Manter os pés hidratados;
  • Evitar andar descalço. 

A atenção a detalhes cotidianos e o comprometimento com práticas preventivas são essenciais para reduzir a incidência de complicações relacionadas ao pé diabético.

Cuidado especializado

O cirurgião vascular é o profissional especializado em cuidar do pé diabético? Se essa é a sua dúvida, a resposta é sim! O cirurgião vascular é o especialista fundamental no tratamento dessa condição e desempenha um papel crucial na prevenção, diagnóstico e tratamento desse desafio complexo.

Por possuirmos um conhecimento aprofundado sobre o sistema circulatório e uma especialização específica para lidar com questões relacionadas ao fluxo sanguíneo, é que cuidamos do pé diabético. 

Nossa atuação engloba o diagnóstico de complicações circulatórias, a realização de procedimentos cirúrgicos vasculares e a orientação sobre estratégias para aprimorar a circulação sanguínea nas extremidades, mesmo nas fases iniciais da condição. Além do acompanhamento contínuo.

Porém, é importante ressaltar que o tratamento do pé diabético é uma abordagem multidisciplinar. Essa colaboração entre diferentes especialidades contribui para uma abordagem holística e eficaz no enfrentamento da condição. 

Desse modo, se você ou alguém que conhece enfrenta diabetes ou tem preocupações relacionadas ao pé diabético, não deixe para depois. Agir imediatamente é crucial para assegurar sua saúde e bem-estar!

Agende uma consulta hoje mesmo e dê o primeiro passo em direção a cuidados de qualidade. A sua saúde, bem como a integridade dos seus pés, estão em jogo. Conte comigo, Dr. Marcelo Giusti, nessa jornada de cuidados. Com mais de 12 anos de experiência como cirurgião vascular, podemos enfrentar esse desafio juntos!

Leia mais: Pé diabético: sintomas e tratamentos.

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