Você sabia que o pé diabético, uma complicação frequente em pessoas com diabetes descontrolada, pode iniciar com pequenas feridas e evoluir para quadros graves, como infecções e até amputações?
Dito isso, pode-se perceber a importância da prevenção e tratamento deste problema circulatório. Por isso, neste artigo iremos trazer mais detalhes sobre o tratamento do pé diabético.
Identificando sinais de alerta no pé diabético
O pé diabético, apesar de potencialmente grave, é uma condição comum, que pode afetar diabéticos até em estágios iniciais da doença.
Nesse sentido, a identificação dos sinais de alerta no pé diabético é fundamental para evitar complicações. Então, fique atento à:
- Formigamento ou dormência nos membros inferiores;
- Sensação de queimação nos pés;
- Mudanças na cor da pele.
- Ressecamento e rachaduras na pele;
- Úlceras nas pernas e pés;
Ainda na lista de sintomas de alerta, estão as alterações na aparência dos pés, unhas dos pés amareladas e espessadas, queda de pelos nos pés, presença de micoses como o pé de atleta, além de calosidades infectadas e unhas encravadas.
Definitivamente, o diabético precisa estar sempre atento as feridas, bolhas e úlceras que não cicatrizam ou demoram para cicatrizar, o inchaço dos pés, vermelhidão ou calor localizado em determinada área, descoloração da pele, sangue em meias ou calçados e odor fétido oriundo do pé. Além desses, a sensibilidade ao toque em pontos específicos também pode indicar inflamações subjacentes.
Dessa forma, cada um desses sinais aponta para a necessidade urgente de consulta médica para avaliação e tratamento adequado do pé diabético. Ignorar esses sintomas pode levar a complicações graves, incluindo a amputação. Portanto, é fundamental estar sempre vigilante e procurar avaliação especializada ao menor indício desses sinais.
Leia mais: Pé diabético: sintomas
Quais são os tratamentos para pé diabético?
O tratamento ativo da doença aborda a prevenção das úlceras e lesões ósseas, assim como o tratamento das infecções ulcerosas já presentes e controle da glicose.
De modo geral, o tratamento do pé diabético irá depender dos sintomas apresentados e da gravidade do caso de cada paciente.
Cuidados básicos
A prevenção de úlceras, tratamento de feridas existentes e controle da glicose são cuidados básicos essenciais para os pacientes com pé diabético.
Ou seja, o paciente dessa condição necessita sempre estar em alerta, cuidando dos níveis da glicose no sangue para evitar complicações adicionais. Além disso, é necessário estar vigilante quanto aos riscos para feridas, evitando infecções.
Cirurgia
Casos mais graves, onde já há uma infecção grave e/ou as úlceras são profundas, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
Assim será possível remover o tecido afetado, impedindo que a infecção se espalhe. Logo, busca-se evitar complicações graves como amputações.
Revascularização em casos de pé diabético
O pé diabético é também um problema circulatório, sendo, inclusive, uma das faces da Doença Arterial Periférica (DAP). Do mesmo modo, atinge os vasos sanguíneos dos membros inferiores, que ficam com a passagem de sangue comprometidos nesta condição.
Dessa forma, quando há um comprometimento da circulação, pode surgir necessidade de uma revascularização para aliviar os entupimentos. Para tal, há diversas técnicas, porém, a mais indicada atualmente é a angioplastia com uso de stents (popular cateterismo), uma abordagem minimamente invasiva.
Prevenção
O melhor tratamento será sempre a prevenção. E a melhor maneira de prevenir úlceras é pelo controle meticuloso da glicemia com dieta saudável, exercício regular e adesão ao tratamento medicamentoso.
Ademais, cuidados adequados com os pés reduzem o risco de úlceras e permitem a intervenção médica precoce. O paciente também deve lavar os pés diariamente, evitar andar descalço, usar meias limpas, não fumar, evitar sapatos apertados e utilizar calçados apropriados para diabéticos.
A importância do acompanhamento especializado
O acompanhamento especializado é essencial para lidar com o pé diabético, e estou aqui para guiá-los nesse processo. Como vimos, mesmo pequenos cortes, bolhas ou feridas podem ser motivo de preocupação em pacientes diabéticos devido à maior possibilidade de complicações.
Portanto, é fundamental buscar atendimento médico desde o surgimento desses sinais, pois o médico irá avaliar a gravidade da lesão e indicar o tratamento adequado.
Como médico especializado em cirurgia vascular e endovascular, bem como em radiologia intervencionista, eu, Dr. Marcelo Giusti, estou à disposição para lhe ajudar.
Marque uma consulta para obter o cuidado adequado para o seu pé diabético e manter a sua saúde em dia.
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