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Quimioembolização: antes, durante e depois do procedimento!

Você sabia que a quimioembolização é um procedimento inovador no tratamento de tumores hepáticos? Essa técnica minimamente invasiva combina a embolização, que bloqueia o fluxo sanguíneo para o tumor, com a quimioterapia localizada, maximizando o efeito no tecido cancerígeno enquanto minimiza os impactos ao restante do corpo. A atenção ao período pós-operatório é fundamental, sendo cuidadosamente gerenciada tanto pelo médico intervencionista quanto pelo clínico responsável pelo acompanhamento do paciente.

Quais são os exames preparatórios?

Antes de se submeter a um procedimento complexo como a quimioembolização, é fundamental realizar uma série de exames preparatórios. Esses exames têm o objetivo de avaliar a condição geral do paciente e garantir que esteja apto para o procedimento. Entre os exames mais comuns estão:

  • análises sanguíneas completas;
  • avaliações da função hepática e renal;
  • imagens detalhadas do fígado e dos tumores a serem tratados.

Estes são essenciais para um planejamento terapêutico preciso.

A quimioembolização, sendo um tratamento específico para tumores no fígado, requer uma preparação cuidadosa. Os médicos também podem solicitar exames cardíacos e pulmonares para assegurar que o paciente suportará o procedimento sem maiores complicações. É importante destacar que a segurança do paciente está sempre em primeiro lugar; por isso, esses exames são fundamentais.

Como é o procedimento da quimioembolização?

A quimioembolização é um procedimento minimamente invasivo destinado ao tratamento de certos tipos de câncer. Este método combina duas abordagens: a embolização, que busca bloquear o fluxo sanguíneo para o tumor, reduzindo assim seu suprimento de oxigênio e nutrientes; e a quimioterapia localizada, na qual medicamentos potentes são injetados diretamente na área afetada, permitindo uma concentração mais alta da droga no tumor com menos efeitos colaterais sistêmicos.

Durante o procedimento, um radiologista intervencionista utiliza imagens geradas por técnicas de raio-X em tempo real para guiar um cateter até as artérias que fornecem sangue ao tumor. Uma vez posicionado corretamente, uma mistura de agentes quimioterápicos e substâncias embolizantes é administrada. Essas substâncias entram nas pequenas artérias do tumor e liberam a medicação enquanto obstruem o fluxo sanguíneo, criando um duplo impacto: a quimioterapia ataca o tumor diretamente, enquanto a falta de sangue contribui para a morte das células cancerosas.

Qual o objetivo desse procedimento?

O principal objetivo da quimioembolização é tratar tumores que não podem ser removidos cirurgicamente ou que não responderam bem a outros tipos de tratamento. Além disso, busca-se oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes, minimizando os sintomas causados pelo avanço da doença. É importante ressaltar que a eficácia do procedimento varia conforme o tipo de tumor e a condição individual do paciente, sendo essencial uma avaliação detalhada por parte de uma equipe multidisciplinar especializada em oncologia.

Ao considerar este tratamento, os pacientes devem discutir com seus médicos os possíveis riscos e benefícios, assim como as expectativas realistas em relação aos resultados. A quimioembolização representa uma esperança para muitos pacientes, oferecendo uma opção terapêutica focalizada com potencial para retardar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas relacionados.

Como é a recuperação do paciente após a quimioembolização?

Esta técnica avançada, usada principalmente no tratamento de tumores no fígado, envolve um processo complexo tanto durante quanto após o procedimento. A recuperação do paciente, portanto, requer atenção especializada e um acompanhamento cuidadoso para garantir os melhores resultados possíveis.

Inicialmente, após a quimioembolização, a equipe leva o paciente à Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA), onde monitoramos de perto sua condição. Aqui, a equipe médica se concentra em estabilizar sinais vitais e gerenciar qualquer dor ou desconforto que possa surgir. É comum que o local da intervenção apresente algum nível de dor, mas controlamos isso com medicação apropriada. Além disso, é essencial monitorar sinais de possíveis complicações, como sangramentos ou infecções.

Durante esse período na SRPA, a comunicação entre a equipe médica e o paciente é vital. Os profissionais oferecem orientações sobre o que esperar nos próximos dias e como lidar com os efeitos colaterais do tratamento. Após essa fase inicial na sala de recuperação, o paciente receberá alta da SRPA, mas continua o acompanhamento ambulatorial. Este acompanhamento inclui consultas regulares para avaliar a resposta ao tratamento e monitorar a saúde geral do paciente.

A recuperação da quimioembolização pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de vários fatores, incluindo a saúde geral do paciente antes do procedimento e a resposta individual ao tratamento. Fornecemos instruções detalhadas sobre cuidados em casa, incluindo gestão da dor e alimentação adequada, para apoiar o processo de recuperação. O objetivo é garantir uma recuperação suave, minimizar os riscos de complicações e maximizar os benefícios do procedimento na luta contra o câncer.

Dr. Marcelo Giusti

Médico | CRM-SP 132068

Cirurgião Vascular | RQE 52453

Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia | RQE 59003

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