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Quimioembolização: tratamento para tumor no fígado funciona?

Quimioembolização: tratamento para tumor no fígado funciona?

A quimioembolização é um procedimento terapêutico empregado no tratamento de tumores hepáticos, visando combater as lesões cancerígenas no fígado. 

Este método combina duas abordagens fundamentais: a quimioterapia, que utiliza agentes químicos para destruir as células tumorais, e a embolização, que consiste no bloqueio intencional dos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.

Mas será que esse método é mesmo eficaz? Continue a leitura e descubra como a quimioembolização pode ser benéfica no tratamento para tumor no fígado!

Entenda a quimioembolização!

A quimioembolização é um procedimento para tratamento de tumores hepáticos, sejam eles primários (câncer no próprio fígado) ou secundários (metástases, ou seja, lesões provenientes de outros tumores, como os de intestino, por exemplo).

Esse é um procedimento minimamente invasivo, onde o especialista insere um cateter nas artérias hepáticas, permitindo a administração controlada de agentes quimioterápicos diretamente no local do tumor. Simultaneamente, ocorre a embolização dessas artérias, restringindo o suprimento sanguíneo para o tumor. A intervenção é realizada com o auxílio de equipamentos de raios-x em tempo real.

Essa abordagem combinada busca maximizar a eficácia da quimioterapia enquanto minimiza os efeitos colaterais sistêmicos. Dessa forma, proporciona um tratamento mais direcionado e eficiente.

O propósito central da quimioembolização no tratamento de tumores hepáticos é interromper ativamente o crescimento e a disseminação das células cancerígenas no fígado. 

Além de visar a destruição direta das células tumorais, a quimioembolização atua bloqueando a oferta de nutrientes e oxigênio, essenciais para a sobrevivência do tumor. 

Portanto, essa é uma opção terapêutica valiosa, especialmente em casos de tumores inoperáveis ou quando o paciente não é candidato para outras formas de tratamento mais invasivas. 

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Indicações e elegibilidade para a quimioembolização

A quimioembolização costuma ser indicada para pacientes diagnosticados com tumores hepáticos primários ou metastáticos, principalmente nos casos em que a cirurgia não é uma opção viável. Essa abordagem terapêutica é amplamente aplicada em hepatocarcinomas, mas também pode ser considerada para metástases hepáticas de outros tipos de câncer. 

Outras indicações são o controle do crescimento do tumor precedendo um transplante (muito comum nos casos de hepatocarcinoma) ou o downstaging, ou seja, reduzir o tamanho ou área de acometimento dos tumores, para que o paciente possa se encaixar em outro tipo de tratamento com melhores resultados, como uma cirurgia.

A elegibilidade para quimioembolização é determinada por uma cuidadosa avaliação do estágio do tumor, a extensão do envolvimento hepático e a condição geral do paciente. Em muitos casos, é preferida para tumores localizados ou em estágios iniciais, proporcionando uma alternativa eficaz e menos invasiva em comparação com procedimentos cirúrgicos.

Geralmente, a quimioembolização é mais eficaz quando os tumores estão restritos ao fígado e não se espalharam para outras partes do corpo. A colaboração entre oncologistas, radiologistas intervencionistas e cirurgiões é crucial para avaliar cada caso individualmente e determinar se a quimioembolização é a opção terapêutica mais adequada para o paciente.

Funciona mesmo?

Atualmente a quimioembolização tem se mostrado eficaz não apenas no controle do crescimento tumoral, mas também na redução de sintomas relacionados ao câncer de fígado, ajudando na melhora da qualidade de vida dos pacientes.

No entanto, é crucial ressaltar que a eficácia pode variar entre os pacientes, influenciada por fatores individuais e características específicas de cada caso clínico. 

Fatores como a escolha do especialista para realização do procedimento e o próprio pós da intervenção são importantes para o sucesso da quimioembolização. 

Com relação aos riscos do procedimento, se realizado por profissionais capacitados em um centro médico adequado, a quimioembolização se apresenta como um tratamento seguro. Claro, como qualquer outra intervenção, podem ocorrer complicações, como dores, infecção ou lesões relacionadas ao cateterismo. 

Mas, ao final, a quimioembolização é um procedimento que funciona para o tratamento de tumor no fígado. Sendo, minimamente invasiva e segura. Porém, o paciente precisa ter seu caso avaliado pela equipe médica competente antes de submeter-se ao procedimento. 

Especialista em quimioembolização

O profissional especialista em quimioembolização é o radiologista intervencionista vascular, pois, como vimos, esse procedimento utiliza o auxílio do raio-x em tempo real para localização precisa e eficácia. 

Para maiores esclarecimentos, o radiologista intervencionista vascular é o médico habilitado para a realização de procedimentos minimamente invasivos com o auxílio da radiologia no momento da cirurgia. Assim, grandes incisões podem ser substituídas pelo uso de um pequeno cateter inserido nos vasos sanguíneos, guiados pela radiologia, como raio-x ou tomografia computadorizada, por exemplo.

Converse com sua equipe médica e agende uma avaliação com o especialista para ponderarem sobre a quimioembolização para seu tratamento. Ou ainda, agende uma consulta e tire suas dúvidas!

Conte comigo! Eu sou o Dr. Marcelo Giusti, tenho mais de 12 anos de experiência em radiologia intervencionista e posso lhe ajudar com a quimioembolização. 

Leia mais: Quimioembolização: entenda o procedimento e quando é indicado

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