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Tabagismo e problemas circulatórios: entenda os riscos

Diferente do que muitas pessoas imaginam, o tabagismo não se limita aos danos respiratórios. Ele também exerce um impacto profundo e devastador no sistema circulatório, contribuindo diretamente para o desenvolvimento de uma série de problemas circulatórios ao longo da vida. 

É sobre isso que vamos falar hoje – analisando como o hábito de fumar afeta a circulação sanguínea, discutindo suas implicações para a saúde e o que pode ser feito para minimizar os riscos, inclusive para os fumantes passivos.

Continue lendo para descobrir em detalhes como o tabagismo influencia diretamente os problemas circulatórios e quais são os principais riscos envolvidos.

Como o tabagismo prejudica a circulação

Ao fumar, o corpo é exposto a uma variedade de substâncias tóxicas que se infiltram na corrente sanguínea. Esses agentes nocivos causam danos nas delicadas paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os suscetíveis à formação de placas de ateroma, um acúmulo anormal de colesterol (gordura). 

Esse processo é conhecido como aterosclerose e causa um estreitamento progressivo dos vasos e na redução do fluxo sanguíneo, aumentando a chance de ocorrer uma série de problemas circulatórios.

A conexão direta entre o tabagismo e os problemas circulatórios é evidente há décadas. O ato de fumar é um dos principais fatores de risco para condições graves que, se não tratadas, podem levar a um derrame (AVC – acidente vascular cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio, por exemplo. Mas também promove alterações nos outros vasos sanguíneos do corpo, provocando dilatações (aneurismas) e entupimentos (doença arterial periférica)

Riscos para fumantes passivos

Os fumantes passivos – ou seja, aqueles que convivem com a fumaça do cigarro – também são expostos aos componentes tóxicos e podem desenvolver os mesmos tipos de problemas de saúde que os tabagistas. Cerca de 1 milhão das mortes anuais ocasionadas pelo tabagismo correspondem aos fumantes passivos.

Não existe um nível seguro de exposição à fumaça de cigarro e outras formas de consumo de nicotina e tabaco. O fumante passivo pode sentir desde consequências imediatas, como irritação nos olhos e vias aéreas, tosse e exacerbação da asma (para quem já tem), até impactos a longo prazo, como o aumento do risco de doenças circulatórias em 25% a 30%. O tabagismo passivo é especialmente perigoso para crianças e na gravidez.

Principais problemas circulatórios associados ao tabagismo

Entender a extensão dos danos causados pelo tabagismo no sistema circulatório é crucial para tomar decisões acertivas sobre a saúde. Abaixo, vamos explorar os principais problemas circulatórios associados ao consumo de tabaco, fornecendo informações essenciais para motivar mudanças positivas na vida daqueles que enfrentam esse desafio.

Aneurismas

As placas de gordura (que se formam em maior quantidade em quem fuma) geram enfraquecimento das paredes das artérias, o que aumenta a probabilidade de desenvolvimento de aneurismas. Essas dilatações anormais das artérias representam uma ameaça séria à saúde, uma vez que podem romper e causar hemorragias internas potencialmente fatais.

Doença Arterial Periférica

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para esse problema circulatório, caracterizado pelo entupimento dos vasos pelas placas de gordura. O ato de fumar pode aumentar cerca de quatro vezes o risco para a Doença Arterial Periférica.

Doença Carotídea

Da maneira que na doença arterial periférica, as carótidas (artérias localizadas no pescoço que são as principais responsáveis por levar sangue ao cérebro) também podem sofrer o processo de estreitamento e até entupir totalmente. O quadro, pode levar ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. Fumantes enfrentam um risco significativamente maior de desenvolver esse problema circulatório.

Outros problemas circulatórios

Além dessas condições, o tabagismo também está ligado a uma série de outras complicações circulatórias, pois leva ao desenvolvimento de substâncias como placas gordurosas e cálcio na parede interna das artérias. Com isso, complicações graves podem ocorrer na saúde do sistema circulatório, como trombose e até necessidade de amputação de membros. Além de que, fumantes têm uma taxa de complicações pós-operatórias mais elevada em procedimentos vasculares.

Amenizando os riscos: parar de fumar é a melhor opção

Como pode ver, a única maneira verdadeiramente eficaz de reduzir os riscos associados ao tabagismo é parar de fumar. Para isso, buscar apoio médico, adotar estratégias de cessação tabágica e promover um estilo de vida saudável são passos cruciais. Ao optar por abandonar o tabaco, você estará investindo na própria saúde e bem-estar a longo prazo.

E mais: ao fazer essa escolha, você também protege aqueles ao seu redor. Afinal, o tabagismo afeta não apenas os fumantes como também os fumantes passivos, que compartilham os riscos à saúde associados ao consumo de tabaco.

Caso você esteja lidando com problemas circulatórios relacionados ao tabagismo, não negligencie sua saúde, procure ajuda médica quanto antes. Eu, Dr. Marcelo Giusti, cirurgião vascular, estou à disposição para ajudar na melhoria da sua qualidade de vida e evitar condições debilitantes. Marque a sua consulta ainda hoje!

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