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Pé diabético: sintomas e tratamentos

Pé diabético: sintomas e tratamentos

O pé diabético é uma complicação comum e potencialmente grave que afeta pessoas com diabetes, até em estágios iniciais. É uma condição que merece atenção devido aos seus sintomas desconfortáveis e – se não for tratada adequadamente – futuras complicações à qualidade de vida.

Neste artigo, explicarei em detalhes o que é o pé diabético, seus sintomas característicos, as melhores práticas para prevenção e as opções de tratamento disponíveis para aqueles que sofrem com essa condição.

Leia também: Como encontrar um cirurgião vascular qualificado?

O que é o pé diabético?

O pé diabético é uma condição clínica que se manifesta devido às alterações causadas pela hiperglicemia (excesso de açúcar) crônica. É uma das possíveis faces da Doença Arterial Periférica (DAP), que pode ser resumida como entupimento dos vasos sanguíneos dos membros inferiores, além de promover alterações nas terminações nervosas e na estrutura e pele das extremidades dos membros inferiores. Pode ocorrer a qualquer diabético, mas costuma ser mais frequente em idosos.

A “síndrome do pé diabético” é um termo abrangente que engloba várias condições patológicas, tais como neuropatia (alterações na sensibilidade), DAP, neuroartropatia de Charcot (degeneração dos ossos dos pés), úlceras nos pés (que podem ser fruto de infecção e/ou ressecamento da pele), osteomielite (infecção óssea) e, em casos extremos, amputações, que em grande parte podem ser prevenidas.

Pacientes com lesões no pé, decorrentes da diabetes, frequentemente enfrentam complicações múltiplas. Nesse cenário, é essencial adotar uma abordagem multidisciplinar que envolva profissionais de saúde de diversas áreas, incluindo, além de cirurgiões vasculares, endocrinologistas, enfermeiros especializados, podólogos, ortopedistas e fisiatras.

O entendimento profundo do pé diabético é crucial para prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes diabéticos.

Quais são os principais sintomas do pé diabético?

Os sintomas do pé diabético podem variar de pessoa para pessoa. Mas, os sinais mais comuns, são:

  • Dormência e formigamento: devido à neuropatia, os pacientes podem experimentar dormência e formigamento nas extremidades, como pés e mãos, dificultando sentir e perceber lesões ou áreas doloridas nos pés (como pressão em novos calçados);
  • Mudanças na cor da pele: a pele dos pés pode apresentar alterações e mudanças de cor, desde vermelhidão até descoloração pálida ou azulada. Prestar atenção neste sintoma visual melhora o diagnóstico para o pé diabético;
  • Pele ressecada e calosidades: a pele dos pés pode tornar-se seca e propensa a rachaduras, podendo levar a infecções. Além disso, o pé diabético é frequentemente acompanhado por calos e calosidades, que podem causar pressão adicional e levar ao desenvolvimento de feridas;
  • Úlceras: as feridas, por sua vez, são uma complicação séria do pé diabético e podem ser dolorosas e difíceis de tratar. Elas muitas vezes se formam em áreas de alta pressão nos pés. Devido à perda de sensibilidade, os pacientes com pé diabético podem não notar lesões e feridas que, com o tempo, podem infeccionar. Sendo assim, manter a atenção visual à saúde de seus pés pode prevenir o quadro de pé diabético.

Prevenção do pé diabético

Prevenir o pé diabético é fundamental para garantir a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Existem algumas pequenas ações que esses pacientes podem realizar para preveni-lo.

Em primeiro lugar, manter os níveis de glicose no sangue sob controle é a pedra angular da prevenção do pé diabético. Isso pode ser alcançado com medicação, dieta e exercícios regulares.

Vale lembrar que consultar um médico regularmente para avaliações dos pés é essencial – os profissionais de saúde podem identificar problemas iniciais e ajudar na prevenção.

Similarmente, uma visita à pedicure é sempre uma boa pedida, mas deve seguir as orientações do seu médico. Mantenha os pés limpos e bem hidratados, além de cortar as unhas corretamente, uma vez que a higiene adequada pode reduzir o risco de infecções e lesões. 

No mais, não ande descalço e use sapatos confortáveis a todo momento. Caminhar descalço aumenta o risco de ferimentos e, por isso, é importante usar calçados que protejam os pés mesmo dentro de casa.

Tratamentos adequados para o pé diabético

O tratamento do pé diabético varia conforme a gravidade da condição – e quais dos sintomas o paciente já está apresentando no momento da consulta com o especialista ou profissional da saúde. Algumas abordagens comuns incluem:

  • Cuidados com feridas: úlceras devem ser tratadas e protegidas para evitar infecções. Isso geralmente envolve limpeza, uso de curativos apropriados e medicamentos;
  • Controle da glicose: manter a glicose no sangue sob controle é fundamental para acelerar o processo de cicatrização e prevenir complicações adicionais;
  • Descompressão: em casos mais graves, o uso de dispositivos para descomprimir áreas de alta pressão nos pés, como palmilhas especiais, pode ser necessário;
  • Cirurgia: em situações e quadros mais graves – quando as úlceras são profundas e infecções graves ocorrem, por exemplo – pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover tecido afetado e evitar a disseminação da infecção.
  • Revascularização: nos casos onde há comprometimento da circulação, diferentes técnicas podem ser empregadas para aliviar entupimentos dos vasos sanguíneos. Atualmente, as angioplastias (“cateterismo”) com uso de stents são os procedimentos mais indicados.

É importante lembrar que o profissional irá avaliar o quadro específico de cada caso e de cada paciente, realizando um tratamento que seja funcional para aquele momento em cada quadro. Portanto, os tipos de tratamento podem variar de pessoa para pessoa. 

Comece a tratar o pé diabético ainda hoje

Vimos que o pé diabético é uma complicação séria do diabetes que pode levar a graves complicações de saúde se não for tratado adequadamente. Com o controle adequado da glicose, cuidados com os pés e tratamento ideal, é possível minimizar o risco de desenvolvimento do pé diabético e suas consequências devastadoras.

Portanto, se você é diabético ou possui tendências, é fundamental estar ciente dos sintomas e adotar medidas preventivas consultando regularmente um médico para avaliação. 

O cirurgião vascular é essencial para identificar sinais iniciais de complicações que podem não ser visíveis a olho nu ou percebidas. Uma avaliação profissional pode prevenir problemas maiores no futuro.

Não espere mais para preservar a sua saúde: agende a sua consulta comigo, Dr. Marcelo Giusti, e garanta o seu bem-estar neste fim de ano. Tenho mais de 10 anos de experiência como cirurgião vascular – e como especialista em pé diabético.

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