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trombofilia; Maíra Cardi

Trombofilia: o diagnóstico de Maíra Cardi acende alerta sobre essa condição silenciosa

Recentemente, a influenciadora Maíra Cardi anunciou que foi diagnosticada com trombofilia durante sua gravidez.

Esse assunto despertou o interesse de muitas pessoas, especialmente mulheres, sobre os riscos e cuidados dessa condição que afeta a coagulação do sangue. Continue a leitura e entenda essa condição!

O que é trombofilia?

A trombofilia é uma condição em que o corpo tem maior tendência a formar coágulos sanguíneos (trombos), mesmo sem necessidade.

Em pessoas saudáveis, a coagulação é um mecanismo importante para conter sangramentos.

No entanto, em pacientes com trombofilia, esse processo acontece de maneira exagerada, podendo provocar obstruções em veias ou artérias.

Esses coágulos aumentam o risco de complicações sérias, como:

  • Trombose venosa profunda (TVP);
  • Embolia pulmonar;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Infarto agudo do miocárdio (IAM);
  • Complicações na gravidez, como abortos de repetição e parto prematuro.

Trombofilia: o que aconteceu com Maíra Cardi?

O caso de Maíra Cardi com trombofilia na gravidez trouxe à tona os perigos da doença durante a gestação.

“Assim que a gente ficou sabendo, ficamos muito assustados porque a nossa babá morreu disso, a gente ficou bem apavorado”, relatou a influenciadora.

Mulheres grávidas com trombofilia apresentam maior risco de complicações obstétricas, e por isso exigem acompanhamento médico especializado e, muitas vezes, o uso de anticoagulantes.

Leia: Entenda a embolização no tratamento do Acretismo Placentário

Quais são os tipos mais comuns de trombofilia?

As trombofilias podem ser hereditárias (genéticas) ou adquiridas. Entenda os tipos mais frequentes:

Trombofilias hereditárias

  • Mutação do Fator V de Leiden: Uma das causas genéticas mais comuns de trombofilia. Aumenta significativamente o risco de trombose venosa.
  • Mutação da protrombina (G20210A): Aumenta a produção de protrombina (uma proteína que promove a coagulação), favorecendo a formação de coágulos.
  • Deficiência de proteína C, proteína S e antitrombina III: São proteínas anticoagulantes naturais. Baixos níveis delas eleva o risco de trombose.

trombofilia; Maíra Cardi

Trombofilias adquiridas

  • Síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF): Doença autoimune que aumenta o risco de trombose e complicações gestacionais. É uma das formas mais graves de trombofilia adquirida.
  • Outros casos: Câncer, uso de anticoncepcionais hormonais, imobilização prolongada e cirurgias podem desencadear ou agravar quadros de trombofilia.

Como é feito o diagnóstico da trombofilia?

O diagnóstico envolve exames laboratoriais específicos e avaliação clínica detalhada. Alguns testes comuns:

  • Dosagem de proteína C, S e antitrombina III;
  • Testes genéticos para Fator V de Leiden e protrombina;
  • Pesquisa de anticorpos antifosfolípides;
  • Tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada.

 

A investigação é indicada principalmente em pacientes com:

  • Histórico familiar ou pessoal de trombose precoce;
  • Abortos recorrentes;
  • Trombose em locais incomuns;
  • Complicações gestacionais inexplicadas.

Trombofilia e gravidez: cuidados e tratamento

Para mulheres grávidas com trombofilia o tratamento mais comum envolve o uso de heparina de baixo peso molecular (injeção) e aspirina em baixa dose.

O objetivo é prevenir a formação de coágulos e proteger tanto a mãe quanto o bebê.

Assista também: Doenças vasculares: por que identificar cedo faz diferença

Tratamento para trombofilia

O tratamento da trombofilia depende do risco individual e pode incluir:

  • Anticoagulantes orais ou injetáveis
  • Acompanhamento regular com hematologista e cirurgião vascular
  • Mudanças no estilo de vida para evitar trombose

Como prevenir complicações da trombofilia?

Algumas medidas importantes incluem:

  • Evitar longos períodos sentado (ex: viagens longas);
  • Usar meias de compressão;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Controlar obesidade, diabetes e hipertensão;
  • Evitar anticoncepcionais hormonais sem orientação médica.

Conclusão

O caso de Maíra Cardi com trombofilia chamou atenção para uma condição que, embora silenciosa, pode ter consequências graves — principalmente durante a gestação.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações.

Se você tem histórico familiar de trombose, abortos espontâneos recorrentes ou fatores de risco, procure orientação médica.

O acompanhamento com especialistas em trombofilia é essencial para proteger sua saúde e, em casos de gravidez, garantir a segurança do bebê. Saiba mais!

Dr. Marcelo Giusti
👨🏻‍⚕️ Especialista em Cirurgia Vascular e Endovascular
🩺 Radiologia Intervencionista
📞 (11) 997697817
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